terça-feira, 26 de agosto de 2014

6 anos de Espaço Não formal de Educação, para o Trabalho e para a Arte


É possível uma escola fora da escola? Argumentamos que sim.



A Casa Escola é um espaço público, de uso espontâneo, com a presença é claro de um(a) auxiliar  administrativo, neste caso como voluntária.

Possui acervos de livros, brinquedos e filmes.




Cuja objetivo é criarmos memória, identidade e por fim desenvolver o processo de pertencimento.



Em tese,
só cuidamos de algo ou de alguém,
se tivermos uma relação recíproca de pertencimento.

domingo, 5 de janeiro de 2014

cinco anos...na metade de um caminho!!!






Terceira sede, esta cedida novamente pela Prefeitura Municipal de Ouro Preto, rua da Lagoa número 764, Baixada, Antônio Pereira (Machado, Bandeirante português que localizou a antiga Bonfim do Mato Dentro).




Abrimos todos os sábados, mas na 3a e 5a feiras à noite há aulas de capoeira e de dança de rua.




Além do Domingo à tarde!

Uma breve história de uma casa que é possível de ser escola, fora da Escola


A Casa Escola em Antônio Pereira iniciou suas atividades em Agosto de 2008, patrocinada pelo edital de Política Social da empresa Samarco Mineração S.A., cuja finalidade foi, é e deverá ser um espaço informal de educação (inclusive ambiental), para o trabalho e para a arte, sendo fundadores da mesma, dois moradores da Vila Residencial Antônio Pereira: o que escreve esta história e o sr. Marcus Rocha.

O conceito desta casa, ingênuo, admitimos, iniciou-se em 2006, por um entendimento particular que, quando éramos criança, poder muito brincar e quando adolescente poder muito ler, onde se não foi uma condição necessária para a formação de um adulto cidadão, foi suficiente para isto.

Quando criança muito brincávamos de jogos de tabuleiro como:

Banco Imobiliário que olhando para trás em muito contribuiu na administração e investimento de lotes e casas. No linguajar popular: “quem compra terra não erra.”;

War... De ter paciência e não temer em errar, de confiar até o último momento de algum jogador sair vitorioso, de ser estratégico: “quem tenta pode errar. Quem nunca tentou, já errou.”, “Se quer comandar, aprenda a obedecer.”

Quando adolescente, mesmo com a imaginação, ultrapassar montanhas, o que somente aquele que não leu Machado de Assis, Jorge Amado, Clarice Lispector, Mário Quintana, Celso Furtado, Carlos Drummond de Andrade, apenas para citar autores brasileiros... Poderia desacreditar que um livro é feito tele transporte. Sem contar o jogo de xadrez, o truco de cartas e o cinema.

Sem estas coisas, pareceu-nos que seria mais tranquilo ser adulto e envelhecer com dignidade. Não menos importante, ler um livro que em muitos lugares está disponível gratuitamente e que escolheria como meu travesseiro e como um fiel amigo protetor, caso tivesse que escolher apenas um em tantos outros que são editados: As Escrituras Sagradas, as boas novas de um novo testamento.

Foi quando em 2007, o sr. Marcus Rocha, que já conhecia o conceito deste projeto, pediu-me para escrever o fundamento mínimo e que ele completaria com o máximo de argumentação em favor do qual participaríamos do primeiro edital de Políticas Sociais de uma renomada empresa, já citada, próxima a nós. Cujo projeto foi patrocinado para o ano de 2008.

Assim foi: uma casa de portas abertas que, feito família, abrigasse livros, brinquedos e filmes, de uso comum e espontâneo, capaz de ensinar a tolerar diferenças e dialogar com os contrários, a pedir licença e dizer obrigado, a cuidar daquilo que é público, a ter boa memória do lugar onde vive-se, a ter uma identidade, de gostar onde mora, a desenvolver o processo de pertencimento, que uma árvore somente é árvore, porque deixou de ser semente, a ter paz nas famílias.

Em suma, palavras chaves:
paciência, confiança, tolerância às diferenças e diálogo com os contrários!!

Um projeto social que inicialmente tinha um horizonte de três anos de comprometimento de seus fundadores, mas que agora percebe-se claramente que o mínimo é e deve ser de uma década, para deixar de ser de fato e passar a ser de direito, isto é, ser uma Associação com registro de pessoa jurídica.

Ainda é cedo para sabermos se a Casa Escola, feito seta, acerta, preciso o alvo; qual seja de crianças e adolescentes não ficassem a mercê de violência urbana, uso de drogas e promiscuidade sexual.

A Casa Escola completou cinco anos, aos nossos olhos é ainda uma criança que necessita de cuidados, atenção, abrigo e acolhimento. Que adora brinquedos, livros infantojuvenis e de filmes.

Aproveitamos para registrar o agradecimento a todos que deram votos de confiança a esta iniciativa, não podendo deixar de citar o sr. Marcus Rocha, a monja Mariângela, a Samarco Mineração S.A., a sra. Ida Zanforlim, a sra. Zélia Moraes, ao Professor de Capoeira Huda e a Prefeitura Municipal de Ouro Preto pela Secretária de Assistência Social.

Nossos mais sinceros agradecimentos.

Se mantermos a paciência até uma criança crescer adulto... nós confiamos!!!

Coordenação do Projeto Casa Escola

ps: Estamos sem local para continuarmos este trabalho, abrigados temporariamente em casa alugada pela Prefeitura de Ouro Preto, Secretaria de Assistência Social. Estamos com pouco acervo de brinquedos, livros infantojuvenis e de filmes para todas as idades e sem possibilidade de manter a Casa aberta durante a semana. O ideal, mais assertivo, seria abrirmos exclusivamente nos fins de semana, onde os jovens e crianças têm pouca opção de entretenimento, com exceção é claro de bares ao longo de todo dia e noite e igrejas na sua maior parte à noite, mas não inteira.